segunda-feira, 3 de abril de 2017

Plot twist

A 1 de abril de 2014 troquei Lisboa por Paris. Não porque sempre sonhei viver na "cidade luz", não porque tinha um desejo insaciável de partir para o estrangeiro, não porque estava desempregada ou não encontrava trabalho "na área". De um modo resumido, troquei Lisboa por Paris porque fez sentido.

A viver na nossa capital há já quase seis anos, sentia que o entusiasmo inicial e a sensação de pertencer e de querer tirar o máximo partido da cidade se deixavam engolir, aos poucos, por uma rotina avassaladora e desgastante. Por outro lado, algumas das amarras que ali me tinham mantido começavam a desfazer-se: os meus amigos estavam naturalmente submersos nas suas próprias rotinas, alguns tinham mesmo regressado a casa; o meu trabalho de sonho começava a roubar-me demasiadas horas de sono; e, por fim, o J. tinha-se mudado para Paris há já 6 meses e, embora estivesse tudo a correr bem, não era uma situação ideal.

No meio de tudo isto, um dia percebi que estava a lutar por algo que já nem sabia identificar, que já não fazia sentido. Foi então que decidi juntar-me às estatísticas e ser mais uma jovem a sair do país.

Ora, isto foi há três anos e, curiosamente, encontro-me agora numa situação semelhante. Estou de malas feitas para regressar a casa. Não porque deixei de ter trabalho, não porque aconteceu algo com o J., mas porque, mais uma vez, faz sentido.

Se me arrependo de ter vindo? Não, de modo nenhum. Foi uma oportunidade para repensar e relançar a minha vida, que me trouxe muitas experiências positivas. Se não estive feliz aqui? Umas vezes mais do que outras. Não é fácil deixar de ter raízes, não pertencer e começar, aos poucos, a sentir que se perde o contacto com a realidade.

Reconheço a importância de arriscar e fazer sacrifícios, mas acredito que os sacrifícios devem ser proporcionais às necessidades e, correndo o risco de me repetir, devem fazer sentido. Nos três últimos anos, fez sentido sacrificar a presença da família e dos amigos para melhorar a minha qualidade de vida. Fez sentido sacrificar idas mais frequentes a casa para conhecer mais do Mundo. Fez sentido sacrificar espaço e conforto e viver em apartamentos do tamanho do meu quarto de adolescente para conquistar a minha independência financeira.

No entanto, quando começamos a perder de vista as razões pelas quais fazemos tais sacrifícios e nos transformamos em pequenos hamsters, a correr desenfreadamente sem chegar a destino algum, algo tem de mudar. No meu caso, é a direção do voo, que desta vez me levará de regresso a casa.

domingo, 20 de novembro de 2016

How I plan my trips | Tips from a compulsive planner

While my decision of moving to Paris brought me numerous benefits in terms of career and quality of life, one less obvious advantage is my new geographical location. Don't get me wrong - my little Portugal in the sunniest corner of Europe can't ever be replaced, but in terms of time and money, it is way easier to travel from France.

Over the last two and a half years, I've made sure that I put my new circumstances into good use, mostly by going on short trips to European capital cities. With limited time (and budget too), I've realized that planning is everything, and guess who loves planning almost as much as traveling? Yes, exactly, yours truly.

Having said that and after being called crazy a few times already, I decided to share some of my tips to make planning easy, fast and even fun. Check them out below!

1. Pick your flight (or train ride) times wisely and book in advance
I know, this sounds quite obvious, but sometimes we are just too ambitious (or optimistic) and don't consider every detail we should. Sure, let's fly at 7am to enjoy almost a full day upon arrival, but is it easy to go to the airport at 4 or 5am without having a car? And is it worth paying for an Uber when a flight a couple of hours later is only €20 more expensive? In general, I try not to book anything too early or too late, not only because of what I just explained but also because I don't want to be worried that I am not going to wake up, or extremely tired the next day because I arrived at 11pm and still had a 1 hour journey from the airport.


2. Make a first draft of your itinerary according to the number of days you'll have and your traveler "style"
Are you the kind of person who just wants to squeeze in as much as possible in the limited time you have? Or you just want to take it easy, take your time and see where the city takes you? Either way, it's always good to have a general idea of what there is to explore, how long it takes to do so and where things are actually located. 
For this early planning stage, I always use visitacity.com (thanks for the tip, MJ!). It starts by asking where I am going, how many days I'll have and what kind of approach I prefer (easy going, packed, top attractions, etc.). Then, it shows me possible itineraries, that I can tweak and adjust according to my needs and preferences.

3. Do some reading online and list your personal must sees/dos
Okay, visitacity.com is a good start, but what if you have a more specific interest? What if you really want to check out the food or art scene? For such cases, or even if you suffer from FOMO like myself, reading a few blog posts can never hurt. I usually try to stay away from tripadvisor threads and privilege suggestions from locals or travelers who have explored more off the beaten path options. I like looking for local markets where I can try some traditional food, for instance.


4. Compile everything in a custom map
This is where people usually start thinking I have issues, and it is also my favorite part. When planning a trip, there's nothing better than seeing everything come together in the end, and  My Maps, by Google, is my go to tool for this. Here, I can easily add all the places I want to check out, calculate distances, study the best itineraries and customize everything according to my needs.
Usually, I add everything I want to visit (from the visitacity.com suggestions and my personal picks), and I use different colors and shapes to identify what I plan on doing each day. This way, it is easier to understand the several areas I will be covering and to make the most of my time and energy. Who likes to walk to the opposite corner of the city just to go back the next day to visit something else that was forgotten?

There you go, this is my process and also a good description of what I do on my free time. Is it raining on a Sunday afternoon and I have an upcoming trip that I haven't planned? Awesome, let's have some fun!

What about you? Is planning your thing or do you prefer to improvise? Let me know in the comments below!

segunda-feira, 15 de agosto de 2016

10 Locais Favoritos para Fotografar em Paris

Quando me mudei para cá, há cerca de dois anos e meio (!!!), decidi que era hora de criar, finalmente, uma conta no Instagram. Seria uma boa maneira de partilhar um pouco mais do meu dia-a-dia e, afinal, isto é Paris e Paris é sempre digno de foto. Desde então, foram várias as expedições fotográficas (e turísticas, sejamos honestos) que fui fazendo e, obviamente, partilhando.

Hoje, com um feriado pela frente e o céu azul a espreitar pela janela, decidi que era hora de aproveitar a raridade e de me aventurar pelas ruas parisienses, de câmara em riste. E foi então que me ocorreu partilhar alguns dos meus locais favoritos para fotografar.

Para quem estiver a planear visitar, aqui fica, para possível inspiração, o meu top 10 (embora a ordem não seja necessariamente relevante):

1.  Topo do Arco de Triunfo
Não me canso de dizer: não há melhor vista que do topo do Arco do Triunfo. Paris em 360º, com os Campos Elísios de um lado, a Torre Eiffel do outro e, como retratado na fotografia, La Defense "nas costas".

2. Centro Georges Pompidou
Embora a arquitetura do próprio edifício seja em si só digna de nota, a vista das varandas do Centro Georges Pompidou, à hora certa, é simplesmente arrebatadora. Penso que é óbvio pela foto: o pôr-do-sol é inigualável.


3. Ponte Alexandre III
A ponte mais ornamentada e também, se me perguntarem, a mais bonita da cidade. Quando visitei Paris pela primeira vez, em 2013, foi dos locais que mais me ficaram na memória. Os pormenores dourados e os candeeiros trabalhados não deixam margem para dúvidas de que esta ponte pertence a este lugar.

4. Rue Crémieux
Resumidamente, são casas às cores. É uma rua minúscula, em que não se passa grande coisa, mas é a perfeita antítese da coerência e sobriedade do bege acinzentado típico da arquitetura parisiense.

5. Torres de Notre Dame
Okay, é precisa alguma determinação para chegar ao topo das torres, mas a vista lá de cima faz tudo valer a pena - sim, as horas de espera na fila e as centenas de degraus estão incluídos, e a companhia das gárgulas também!

6. Museu d'Orsay
O Museu d'Orsay é sempre um must-visit, mas não são só as obras em exposição que merecem destaque. O espaço resulta da conversão de uma antiga estação ferroviária e o resultado está bem à vista!

7. Jardim do Luxemburgo
Fico sempre surpreendida quando alguém me diz que este jardim não está no seu itinerário parisiense. Além de ser um excelente pretexto para explorar o 6éme, é um espaço lindíssimo e ideal para relaxar por uns momentos, particularmente em dias de sol.

8. Grande Mesquita de Paris
Encontrei a Grande Mesquita um pouco por acidente, vinda do Jardim das Plantas, e hesitei bastante antes de entrar. Ainda bem que a curiosidade levou a melhor! O jardim (retratado acima) e os azulejos contrastantes com o branco imaculado das paredes transportam-nos para outro mundo.

9. Basílica de Sacré Coeur
Lá no topo da colina, a atmosfera é outra e a vista também. Vale a pena a subida, pela basílica e por outras "brincadeiras" que só ali se podem fazer.

10. Trocadéro
É claro que o maior ícone da cidade não podia faltar nesta lista. Se muitos optam pelo Champ-de-Mars para esticarem o braço e "tocarem" na ponta da Torre Eiffel, na típica foto, na minha opinião, o melhor spot fica exatamente do lado oposto. Como fica ligeiramente elevado, é mais fácil captar toda a torre a partir do Trocadéro e o carrossel é um extra.

E desse lado, há favoritos?

domingo, 17 de julho de 2016

Pokémon Go (Out)

Se há algo de consistente na minha vida, é a minha rotina pós-trabalho. Numa palavra: sofá. Sendo preguiçosa por natureza e tendo um trabalho relativamente exigente, ao final do dia, não há nada que me apeteça mais do que ir para casa e ficar horas a fio no sofá.

Ora, esta semana, a rotina foi outra. Comecei a jogar Pokémon Go na segunda-feira e, a partir daí, a dita consistência passou do sofá para a rua. Quem já jogou - ou, pelo menos, leu algum dos inúmeros artigos a circular na Internet - sabe que o sucesso no jogo depende muito de sair de casa, andar a pé e não ficar sempre na mesma área geográfica. E é o que tenho feito.

Entre sair para caminhadas noturnas, ir a pé até Versalhes no feriado e passar hoje a tarde a andar pelo parque, dou por mim no nível 14 e com 57 pokémons no pokédex. Mas, mais do que isso, dou por mim com cerca de 30 km percorridos (bastante acima dos meus standards, acreditem) e várias horas no exterior que, noutras circunstâncias, teriam sido passadas dentro de casa, provavelmente a ver séries ou vídeos sobre a conquista da seleção.

Nunca antes tinha encontrado tantos jovens no parque aqui ao lado de casa. Chegavam, na maioria dos casos, em pares ou pequenos grupos, e por ali andavam, como nós, de telemóvel na mão, a aproveitar os lures em pokéstops ou a amealhar pokébolas para mais tarde. Era uma pequena multidão que estava ali pelo mesmo motivo, que se ria discretamente cada vez que o número de presenças aumentava, que dava pequenos gritinhos de excitação quando um novo pokémon aparecia.

Pode parecer parvo ou infantil para muitos, mas pode também ser uma excelente desculpa para ser mais ativo, interagir mais, sair de casa e explorar, finalmente, as redondezas. Da minha parte, espero continuar a usar esta desculpa... e eventualmente evoluir o maldito Magikarp!


segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

I amsterdam (or I wish I were)



Acho que me apaixonei por Amsterdão muito antes de ter sequer conhecido a cidade. Era uma espécie de amor em segunda mão, originado por todas as histórias que fui lendo e ouvindo ao longo dos anos, mas isso não o tornava menos real. Agora que acabo de voltar de lá, não restam dúvidas de que eu e Amsterdão fomos feitos um para o outro.



Há algo de especial naquelas ruas de calçada castanha, que se cruzam umas com as outras com passagens estreitas e pequenas pontes, e algo de quase mágico naquelas casas, que parecem saídas de um livro de contos infantis. Amsterdão é uma cidade fácil, simples e relaxada. É como se tivesse o seu próprio ritmo e regras e, depois de teres estado lá, nunca mais vais querer voltar para de onde quer que tenhas vindo.

Além de fazer um cruzeiro pelos canais, de visitar a casa de Anne Frank e de ir a Zaanse Schans (lugar lindíssimo, btw), passei a maior parte do tempo a vaguear pelas ruas (a pé e de bicicleta), parando ocasionalmente para um cappuccino e algumas fotos. Sendo obcecada por fazer planos, felizmente consegui resistir à tentação de tentar encaixar demasiadas coisas numa viagem de apenas três dias - teria perdido muito do que é a verdadeira essência da cidade.



Embora já soubesse que a) toda a gente anda de bicicleta e b) toda a gente fala Inglês, foi impossível não ficar surpreendida com a veracidade de ambas as premissas. Mais: foi impossível não ficar absolutamente maravilhada! Estes dois factos são um reflexo daquilo que é a identidade daquela cidade - simples e tradicional, por um lado, mas moderna e desenvolvida, pelo outro.

Para quem, como eu, é expatriado num país fechado sobre si mesmo, que só fala a sua própria língua, é extremamente refrescante (e agradável) conseguir comunicar com a maior naturalidade e facilidade do mundo, como se estivesse em casa. Mais um tópico a adicionar ao meu registo: Paris 0 x 1 Amsterdão.


Voltando ao meu relato, tive um pouco de receio de que o facto de ir no meio de um mês gelado como janeiro fosse tornar a experiência menos positiva, mas acabou por acontecer o contrário. O sol ter brilhado durante a maior parte do fim de semana ajudou muito, e vestir camadas de roupa suficientes também (só acertei ao segundo dia). Até nevou um bocadinho, o que tornou o meu pequeno almoço junto às grandes janelas do rés-do-chão do hotel ainda mais especial (sim, neve continua a ser algo de especial para mim).

E pronto... foi genial! Não sei porque é que demorei tanto tempo para comprar os bilhetes de comboio e ir, mas sei que, se pudesse, tinha ficado lá!

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

TPCs & Raspanetes

Como contei neste post, em outubro comecei, finalmente, a estudar Francês. E se, no início, estava entusiasmadíssima com este regresso às aulas, como com tudo o que deixa de ser novidade, depressa perdi o gás e me comecei a baldar. Andar 20 minutos a pé até à escola? Que eternidade! Fazer exercícios ao fim de semana? Que perda de tempo! E pronto, já estão a ver que falhei a minha promessa de me portar bem.

Se no princípio pesquisava, escrevia composições e aparecia muito orgulhosa com os TPCs todos direitinhos no meu caderno, passado umas semanas já só ia aula sim, aula não, e com o caderno na mesma página em que tinha ficado.

Eis senão quando, tendo faltado à aula anterior, a professora me pergunta se preparei os exercícios de casa. A isto  - e perante a minha resposta negativa - seguiu-se todo um raspanete (para mim e para 90% da turma) sobre termos de fazer a nossa parte se queremos, realmente, aprender. Somos adultos (estou constantemente a esquecer-me!), não há "faltas" e dependemos apenas de nós.

Ora, num confronto de preguiça contra vergonha e orgulho ferido, ganham, definitivamente os últimos. Posto isto, cá estou eu, de volta aos dicionários (e ao Google Tradutor), de lápis em riste, toda muito aplicada. Nada como uma bela reprimenda para me fazer arrebitar!

sábado, 2 de janeiro de 2016

É aquela altura do ano

O meu final de ano dividiu-se em duas partes bastante antagónicas: uma ida a casa muito bem recheada e uma maravilhosa gastroentrite, logo após regressar. Com ambos os eventos a tomarem conta dos meus dias, acabei por não fazer a minha habitual reflexão sobre o ano que terminou, nem tão pouco pensar em resoluções para o que agora começa.Em jeito de kick off online, faço-o agora, se me permitem.

De 2015, levo, acima de tudo, a progressão profissional, as viagens que tive oportunidade de fazer e as pessoas que - no matter what - não arredam pé (e ainda bem!) da minha vida. Embora a última metade de dezembro tenha sido atribulada a nível de saúde, agora que já estou bem e quase até me esqueço, diria que o saldo é extremamente positivo. Também não adoro a ideia de já ter 25 anos e algumas dores nas costas, mas o que é que se há de fazer?

Para 2016, quero poupar mais, ir mais às aulas de Francês, cuidar melhor de mim e continuar a fazer umas escapadelas além-fronteiras. Não vale a pena ser demasiado ambiciosa, porque serei, certamente, preguiçosa o suficiente para anular a equação.

E é isto! Vocês são agora testemunhas e agentes de pressão virtual para que eu cumpra as minhas próprias resoluções. Ralhem comigo para eu fazer os TPCs de Francês, okay?

Feliz ano novo, amiguinhos! <3

sábado, 5 de dezembro de 2015

Num piscar de olhos

(...)E depois veio o 13 de novembro, que me deixou num estado pior do que gosto de admitir. Depois, tive cá o D. e a A. e, na semana seguinte, veio a C. Ao mesmo tempo, o volume de trabalho aumentou no pré-Natal e regressei às aulas de Francês.

Num piscar de olhos, passou-se um mês, o meu relato de NYC ficou a menos de meio e tenho a sensação de que essa que foi, muito provavelmente, a viagem da minha vida aconteceu há séculos. E se, no ano passado, adjetivei novembro de "insonso", este ano foi, definitivamente, um mês repleto de "eventos".

E, assim de repente, é Natal!

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

NYC: Dias 1 e 2

Dia 1

Chegámos numa terça-feira ao final da tarde, mas com toda a intenção de fazer esse dia contar. Entre sair do aeroporto de Newark e chegar a Manhattan, tinha anoitecido. O momento em que emergimos de Penn Station foi algo surreal: de repente, parecia ser de dia, tal era a luz daquela cidade. Caminhámos dali até ao apartamento, nuns dez minutos que foram de fascínio e de incredulidade. Estávamos mesmo ali!

Depois de feito o check-in e de deixarmos as malas, não perdemos tempo: Empire State Building, aqui vamos nós! Pelo caminho, aventurámo-nos com uma fatia de pizza por $1, só para fins estatísticos. Sobrevivemos e era bem boa!


No Empire State Building tivemos mais uma surpresa: o staff era estupidamente prestável e a entrada foi ridiculamente rápida e simples. Um bom começo, se esquecermos, depois, o frio polar que nos esperava no topo.


Para terminar a jornada e aproveitar a noite, decidimos que Times Square era o próximo destino. Fica a uma distância bastante reduzida do ESB e do apartamento onde ficámos, por isso era só caminhar e respirar o ar e a energia daquela cidade.

Dia 2


Acordámos bastante cedo (sem despertador!), com a determinação de fazer o tempo esticar e não perdermos nada. Seguimos para Battery Park, onde apanhámos o barco para a Estátua da Liberdade. O tempo não correspondeu ao nosso estado de espírito e a chuva não demorou muito a aparecer. Conclusão: seguir diretamente para Ellis Island e aproveitar o Museu da Imigração para restabelecer a temperatura e evitar acabarmos ensopadas.


Esta sala foi a minha parte favorita do museu. Era aqui que os imigrantes eram processados, aceites ou rejeitados. Entretanto, foi recuperada e é um espaço muito giro e, embora este não seja um bom exemplo, bastante fotogénico. Acreditem, nós testámos exaustivamente!


À saída de Ellis Island, tivemos de nos render ao mau tempo. A chuva tinha chegado para ficar e não havia muito que pudéssemos fazer. Seguimos, então, para a zona do Financial District, com uma missão importantíssima: fotografar o touro para o André. E não é que o raio do animal foi difícil de encontrar? O processo quase nos valeu uma pneumonia, mas fazemos tudo para vê-lo feliz.


Aproveitando o facto de andarmos pela parte sul da ilha, o 9/11 Memorial Museum era o próximo ponto no nosso programa. Sobre a visita só tenho a dizer que foi absolutamente impressionante e arrepiante. É um retrato realista e preciso dos eventos daquele dia e uma bonita homenagem às vítimas e, de um modo geral, a todos os envolvidos. A não perder, mesmo!

Depois do Memorial e - vá-se lá saber como - ainda com pica para continuar, passámos pelo Chelsea Market, que nos lembrou que o Halloween é levado muito a sério em Nova Iorque. Enquanto esperávamos na paragem de autocarro, conhecemos uma brasileira que acabou por fazer a viagem connosco. Long story short, o bacalhau e a Costa Alentejana vieram, inevitavelmente, à baila.

E pronto, foi assim o início da nossa estadia: bem aproveitado e recheado, mesmo com um céu pouco amigável. No dia seguinte, já ninguém se lembrava que tinha chovido!



sexta-feira, 6 de novembro de 2015

NYC: Planeando que nem Loucas

Agora, que já fomos e voltámos inteiras, já posso falar à vontade.

Quem me conhece, sabe que sempre disse que um dia ia viver em Nova Iorque. Acabei em Paris - ligeiramente diferente -, mas escapei-me para a Big Apple por uma semana, mesmo a tempo de celebrar os meus 25 anos. Por outro lado, quem me segue nas redes, já percebeu pelo meu overposting que foi a viagem da minha vida. Também, depois de quase um ano a planeá-la, convinha que fosse!

Depois de muita conversa, de muito "temos mesmo de ir" e de um definitivo "vamos!", marcámos as passagens com 7 meses (sim, 7!) de antecedência. Bom timing, viemos a concluir, pois coincidiu com as promoções de aniversário da Tap.

Pouco depois, dedicámo-nos à procura exaustiva de um apartamento, que, percorridos dezenas de anúncios em diversos sites, acabámos por encontrar no Homeaway. Também aqui tivemos sorte e conseguimos um preço bastante decente e uma localização ainda melhor.

A partir daí, foi planear, planear, planear! E não há nada que eu goste mais - depois de viajar - do que planear viagens. Listámos tudo o que queríamos visitar/fazer/experimentar, fomos organizando por dias e encaixando os vários elementos. Comprámos, também com alguma antecedência, o CityPass, que nos poupou bastante tempo e dinheiro e nos deu acesso a quase tudo o que queríamos visitar e exigia bilhete.

O passo seguinte foi fazer uma espécie de orçamento, para perceber quanto iríamos gastar e quanto dinheiro precisaríamos de trocar. Optámos por fazê-lo diretamente num balcão do banco, por ser seguro e não ter grandes custos. Tendo tudo listado e esmiuçado, lá tratámos de ir buscar os nossos dólares e, assim, cumprimos a última etapa do planeamento.

Depois disso, foi partir! Mas isso fica para um próximo episódio...