É demasiado fácil habituarmo-nos ao que sabe bem. Desabituar-nos, por outro lado, já é toda uma outra conversa.
Em menos de uma semana, voltei a assumir como normal passar os dias (ou as noites) rodeada de pessoas que adoro. Deixei de ir direta do trabalho para casa, como quase sempre acontece, para voltar a sentir aquele conforto do que nos é mais querido, do que, durante muito tempo, foi a minha noção de normalidade.
Numa rasteira ao destino (e à Geografia), voltámos a estar as quatro juntas, como nos bons (nos melhores!) velhos tempos. A nunca deixar de ter tema de conversa. A, mesmo sem querer, escrever mais um ou dois capítulos no nosso diário das figuras ridículas. A relembrar o incrível que é pessoas tão diferentes como nós se terem encontrado umas às outras e ficado, até hoje.
Esperei pela semana passada como espero por muito poucas coisas. Foi ainda melhor do que poderia prever. Foi perfeita, mesmo com o termómetro a marcar temperaturas muito pouco amigas de quem vem lá do retângulo à beira mar (e muito menos do Brasil!).
No final, que chegou demasiado depressa, invadiu-me um enorme sentimento de perda. Aquela amargura e nostalgia que só se sente em relação a momentos e pessoas realmente especiais.
Mas valeu a pena voltarmos. À exceção da nossa dispersão pelo mapa e do facto de as nossas "festas do pijama" já não envolverem terminar trabalhos de grupo para o dia seguinte, nada mudou. Somos as mesmas pessoas, individualmente e no nosso quarteto fantástico. E não há nada mais reconfortante do que isso, nem melhor forma de começar o ano!
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