quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Coisas que os franceses podiam aprender connosco #2

PARAR NAS PASSADEIRAS.

Todos os dias a mesma coisa: ou arrisco constantemente a minha vida, ou chego atrasada a todo o lado. É como jogar aquele jogo da ovelha a atravessar a estrada, mas só com uma vida.

Com tantos sprints que dou diariamente, não sei como é que ainda não perdi dez quilos!

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Paris x Londres


Long time, no see... O resultado de dias mais preenchidos do que de costume e de umas mini-férias com direito a uma escapadela.

Se me perguntassem, até há bem pouco tempo, que capital europeia escolheria para viver, provavelmente teriam Londres como resposta. Não porque já conhecesse, não pela facilidade de um destino onde se fala inglês, mas porque - sem ter sequer dados para isso - sempre tive um soft spot para esta cidade. Paris, por outro lado, estaria sempre no extremo oposto da lista: nunca fez parte dos meus destinos de eleição, nem sequer para umas férias.

Ironicamente, acabei por vir parar à capital dos croissants. Para minha surpresa, rapidamente dei por mim a gostar Paris. Com toda a sua grandiosidade mas, acima de tudo, com todos os seus pequenos detalhes, rendi-me e decidi que, de facto, parte do meu futuro pode mesmo passar por aqui.

E foi assim que, ao chegar a Londres, acabei por não sentir aquele flash de "OMG! Estou mesmo aqui e isto é lindo!". Foi assim que, de repente, tudo me pareceu demasiado normal e pequeno. Porque quem vem da ostentação de Paris, subitamente, dá por si a comparar e a não se deixar impressionar tão facilmente.

Foram precisos três dias para começar a olhar para Londres com outros olhos, para esquecer comparações e expetativas e, simplesmente, viver um bocadinho daquela cidade, no pouco tempo que tinha. E aí as coisas mudaram de perspetiva: pude, finalmente, deliciar-me com os cheiros maravilhosos de comidas de todas as origens, onde quer que passasse; apreciar as coffee shops com aquela vibe industrial e cheias de pessoas bonitas e bem vestidas, com o seu encantador british accent; e perder-me por ruas, feiras e mercados, de sorriso parvo na cara, a refletir todas as pequenas surpresas que ia encontrando pelo caminho.

Talvez, neste momento, a minha resposta à pergunta já não fosse a mesma. Mas o que é certo é que o Londres não tem de sumptuosidade, tem de genuinidade e vivacidade, e, por vezes, não me importava de trocar um bocadinho de uma por um bocadinho das outras.