domingo, 17 de julho de 2016

Pokémon Go (Out)

Se há algo de consistente na minha vida, é a minha rotina pós-trabalho. Numa palavra: sofá. Sendo preguiçosa por natureza e tendo um trabalho relativamente exigente, ao final do dia, não há nada que me apeteça mais do que ir para casa e ficar horas a fio no sofá.

Ora, esta semana, a rotina foi outra. Comecei a jogar Pokémon Go na segunda-feira e, a partir daí, a dita consistência passou do sofá para a rua. Quem já jogou - ou, pelo menos, leu algum dos inúmeros artigos a circular na Internet - sabe que o sucesso no jogo depende muito de sair de casa, andar a pé e não ficar sempre na mesma área geográfica. E é o que tenho feito.

Entre sair para caminhadas noturnas, ir a pé até Versalhes no feriado e passar hoje a tarde a andar pelo parque, dou por mim no nível 14 e com 57 pokémons no pokédex. Mas, mais do que isso, dou por mim com cerca de 30 km percorridos (bastante acima dos meus standards, acreditem) e várias horas no exterior que, noutras circunstâncias, teriam sido passadas dentro de casa, provavelmente a ver séries ou vídeos sobre a conquista da seleção.

Nunca antes tinha encontrado tantos jovens no parque aqui ao lado de casa. Chegavam, na maioria dos casos, em pares ou pequenos grupos, e por ali andavam, como nós, de telemóvel na mão, a aproveitar os lures em pokéstops ou a amealhar pokébolas para mais tarde. Era uma pequena multidão que estava ali pelo mesmo motivo, que se ria discretamente cada vez que o número de presenças aumentava, que dava pequenos gritinhos de excitação quando um novo pokémon aparecia.

Pode parecer parvo ou infantil para muitos, mas pode também ser uma excelente desculpa para ser mais ativo, interagir mais, sair de casa e explorar, finalmente, as redondezas. Da minha parte, espero continuar a usar esta desculpa... e eventualmente evoluir o maldito Magikarp!