segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

I amsterdam (or I wish I were)



Acho que me apaixonei por Amsterdão muito antes de ter sequer conhecido a cidade. Era uma espécie de amor em segunda mão, originado por todas as histórias que fui lendo e ouvindo ao longo dos anos, mas isso não o tornava menos real. Agora que acabo de voltar de lá, não restam dúvidas de que eu e Amsterdão fomos feitos um para o outro.



Há algo de especial naquelas ruas de calçada castanha, que se cruzam umas com as outras com passagens estreitas e pequenas pontes, e algo de quase mágico naquelas casas, que parecem saídas de um livro de contos infantis. Amsterdão é uma cidade fácil, simples e relaxada. É como se tivesse o seu próprio ritmo e regras e, depois de teres estado lá, nunca mais vais querer voltar para de onde quer que tenhas vindo.

Além de fazer um cruzeiro pelos canais, de visitar a casa de Anne Frank e de ir a Zaanse Schans (lugar lindíssimo, btw), passei a maior parte do tempo a vaguear pelas ruas (a pé e de bicicleta), parando ocasionalmente para um cappuccino e algumas fotos. Sendo obcecada por fazer planos, felizmente consegui resistir à tentação de tentar encaixar demasiadas coisas numa viagem de apenas três dias - teria perdido muito do que é a verdadeira essência da cidade.



Embora já soubesse que a) toda a gente anda de bicicleta e b) toda a gente fala Inglês, foi impossível não ficar surpreendida com a veracidade de ambas as premissas. Mais: foi impossível não ficar absolutamente maravilhada! Estes dois factos são um reflexo daquilo que é a identidade daquela cidade - simples e tradicional, por um lado, mas moderna e desenvolvida, pelo outro.

Para quem, como eu, é expatriado num país fechado sobre si mesmo, que só fala a sua própria língua, é extremamente refrescante (e agradável) conseguir comunicar com a maior naturalidade e facilidade do mundo, como se estivesse em casa. Mais um tópico a adicionar ao meu registo: Paris 0 x 1 Amsterdão.


Voltando ao meu relato, tive um pouco de receio de que o facto de ir no meio de um mês gelado como janeiro fosse tornar a experiência menos positiva, mas acabou por acontecer o contrário. O sol ter brilhado durante a maior parte do fim de semana ajudou muito, e vestir camadas de roupa suficientes também (só acertei ao segundo dia). Até nevou um bocadinho, o que tornou o meu pequeno almoço junto às grandes janelas do rés-do-chão do hotel ainda mais especial (sim, neve continua a ser algo de especial para mim).

E pronto... foi genial! Não sei porque é que demorei tanto tempo para comprar os bilhetes de comboio e ir, mas sei que, se pudesse, tinha ficado lá!

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

TPCs & Raspanetes

Como contei neste post, em outubro comecei, finalmente, a estudar Francês. E se, no início, estava entusiasmadíssima com este regresso às aulas, como com tudo o que deixa de ser novidade, depressa perdi o gás e me comecei a baldar. Andar 20 minutos a pé até à escola? Que eternidade! Fazer exercícios ao fim de semana? Que perda de tempo! E pronto, já estão a ver que falhei a minha promessa de me portar bem.

Se no princípio pesquisava, escrevia composições e aparecia muito orgulhosa com os TPCs todos direitinhos no meu caderno, passado umas semanas já só ia aula sim, aula não, e com o caderno na mesma página em que tinha ficado.

Eis senão quando, tendo faltado à aula anterior, a professora me pergunta se preparei os exercícios de casa. A isto  - e perante a minha resposta negativa - seguiu-se todo um raspanete (para mim e para 90% da turma) sobre termos de fazer a nossa parte se queremos, realmente, aprender. Somos adultos (estou constantemente a esquecer-me!), não há "faltas" e dependemos apenas de nós.

Ora, num confronto de preguiça contra vergonha e orgulho ferido, ganham, definitivamente os últimos. Posto isto, cá estou eu, de volta aos dicionários (e ao Google Tradutor), de lápis em riste, toda muito aplicada. Nada como uma bela reprimenda para me fazer arrebitar!

sábado, 2 de janeiro de 2016

É aquela altura do ano

O meu final de ano dividiu-se em duas partes bastante antagónicas: uma ida a casa muito bem recheada e uma maravilhosa gastroentrite, logo após regressar. Com ambos os eventos a tomarem conta dos meus dias, acabei por não fazer a minha habitual reflexão sobre o ano que terminou, nem tão pouco pensar em resoluções para o que agora começa.Em jeito de kick off online, faço-o agora, se me permitem.

De 2015, levo, acima de tudo, a progressão profissional, as viagens que tive oportunidade de fazer e as pessoas que - no matter what - não arredam pé (e ainda bem!) da minha vida. Embora a última metade de dezembro tenha sido atribulada a nível de saúde, agora que já estou bem e quase até me esqueço, diria que o saldo é extremamente positivo. Também não adoro a ideia de já ter 25 anos e algumas dores nas costas, mas o que é que se há de fazer?

Para 2016, quero poupar mais, ir mais às aulas de Francês, cuidar melhor de mim e continuar a fazer umas escapadelas além-fronteiras. Não vale a pena ser demasiado ambiciosa, porque serei, certamente, preguiçosa o suficiente para anular a equação.

E é isto! Vocês são agora testemunhas e agentes de pressão virtual para que eu cumpra as minhas próprias resoluções. Ralhem comigo para eu fazer os TPCs de Francês, okay?

Feliz ano novo, amiguinhos! <3