sexta-feira, 25 de julho de 2014

Rehab

Esqueci-me do que é sentir stress ou pressão. Duas palavras que eliminei do meu vocabulário nos últimos meses (à exceção de quando faço algum relato de como era a minha vida antes de chegar aqui). Ou me calhou a sorte grande, ou os franceses - ao contrário de nós - não são nada dados a estas coisas.

A verdade é que, a certo ponto, deixamos de ter noção do que é viver sem o coração aos sobressaltos, ou a sensação de que engolimos uma (ou várias!) bolas de ténis, que ficaram entaladas pelo caminho. A sensação de nervoso miudinho passa a ser parte do nosso conceito de normalidade e aprendemos a conviver com ela.

As três semanas que antecederam a minha vinda para aqui - em que estive "tranquilamente" de férias - foram uma espécie de rehab. Acordava sobressaltada e desnorteada, até que percebia que não tinha nada de realmente importante para fazer, nem nenhum deadline super apertado para cumprir.

Quando cheguei, o desconhecido trouxe-me um tipo diferente de inquietação: Vou gostar do trabalho? Das pessoas? Da empresa? Vou ser capaz? Sentir-me bem? Ser feliz?

É difícil deixarmos algo que foi uma constante na nossa vida, nos últimos anos, completamente para trás. Agora, quatro meses depois, posso dizer que estou curada e que - quem diria?! - tudo tem outro sabor, quando vivido com a leveza de um dia-a-dia sem preocupações de maior.

E esta conclusão é, precisamente, o grande fator que faz com que nunca olhe para trás.


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2 comentários:

  1. Então e afinal que tal é a nova empresa? E os colegas? Aposto que não há estagiárias tão queridas como eu hehe

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  2. A empresa é brutal! Não podia pedir melhor. :D
    E, não havendo estagiárias, mesmo se as houvesse nunca seriam tão queridas como tu, obviamente!

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